O Alentejo apresenta condições propícias para o desenvolvimento da pecuária, a dimensão da propriedade agrícola (latifúndio) contribui diretamente para a prática da pecuária. A existência de um determinado e limitado conjunto de animais, numa dada propriedade agrícola possibilita a regeneração natural do pasto, a coexistência harmoniosa estabelecida entre a vida selvagem e a fauna domestica e aniquilam-se despesas inerentes à alimentação artificial das cabeças de gado e exige menos recursos humanos. Em oposição a criação de exemplares em regime fechado (minifúndio e microfundio), requer mais recursos humanos, alimentação artificial, a pastagem e o pisoteio excessivo poderão comprometer a regeneração natural do pasto e a simbiose entre as atividades humanas e a fauna selvagem, por norma, não existe. Se a pecuária for mantida em relativa harmonia com a biodiversidade adjacente, a reabilitação dos recursos naturais estimulará grandemente a exploração harmoniosa, promovendo a biodiversidade selvagem que sobrevive nos vários espaços agrários, existentes nas grandes propriedades latifundiárias. Exemplificando um agricultor do baixo Alentejo decidiu parar de pulverizar as suas culturas com pesticidas e com o aconselhamento de pessoal especializado, criou uma micro floresta no meio da sua propriedade agrícola com o intuito de providenciar abrigo e refugio para a avifauna. As aves suprimiram os insectos (pragas), promotores de prejuízos acentuados e irreversíveis. Desta forma simples e relativamente barata, conseguiu-se promover a exploração harmoniosa, a ausência de químicos e pesticidas, geradores de impactos avolumados na saúde pública e promotores de desconsertos ambientais alarmantes deixam de figurar. A rotação trienal de terrenos, na qual persiste um período de pousio que possibilita a reposição natural de nutrientes no solo, evidenciando um futuro incremento de produção, acabou por auxiliar também a vida selvagem. A zona inculta funcionará como berçário artificial para muitas espécies. O futuro só Zeus, o senhor do Monte Olimpo o saberá. A única coisa que atualmente sabemos ou supomos é que efetivamente a fauna continuará a sofrer uma perda considerável de habitat e a extinção começa a espreitar em todas as portas.
Lobo-ibérico (Canis lupus signatus)
De acordo com as estimativas de alguns investigadores as populações de lobo-ibérico rondam os 2000 indivíduos, dos quais 300 sobrevivem em território nacional. A espécie apresenta uma cabeça possante com orelhas pontudas, embora pequenas, a pelagem é homogénea variando entre o castanho/amarelado e o cinzento, membros vigorosos e fortes. Em Portugal a espécie centraliza-se essencialmente a norte do rio Douro, sobrevivem ai cerca de 60 núcleos populacionais, a sul do Douro existem presentemente cerca de 10 aglomerados populacionais relativamente ameaçados devido fragmentação territorial, e a muitos outros factores.
O lobo é o segundo maior carnívoro da península ibérica, só suplantado pelo urso. Os carnívoros controlam as populações de herbívoros, mantendo as manadas activas e saudáveis, pois caçam quase exclusivamente os mais fracos e debilitados, contribuindo directamente para a melhoria da herança genética (ADN) das gerações futuras.
A afeição dos lobos perante as suas crias, desmente a fábula do ilustre capuchinho vermelho, se não interferirmos com a sua integridade colectiva, o lobo não representará qualquer perigo para as pessoas, no entanto, existam espécies mais agressivas do que outras, o lobo-ibérico é uma subespécie de lobo cinzento, não é efectivamente das mais agressivas. O canis lupus signatus, foi perseguido durante séculos por agricultores, caçadores furtivos e comerciantes de peles, actualmente a sua importância ecológica é reconhecida e está protegido pela forte legislação comunitária. O centro nacional de recuperação e valorização do lobo-ibérico na tapada de Mafra e o parque biológico da serra da Lousã mostram aos mais jovens a importância deste exímio predador quanto à estabilização da cadeia alimentar. Proteger a biodiversidade depende de todos, a sua vontade faz a diferença.
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€ 0,60 + IVA
O lobo é o segundo maior carnívoro da península ibérica, só suplantado pelo urso. Os carnívoros controlam as populações de herbívoros, mantendo as manadas activas e saudáveis, pois caçam quase exclusivamente os mais fracos e debilitados, contribuindo directamente para a melhoria da herança genética (ADN) das gerações futuras.
A afeição dos lobos perante as suas crias, desmente a fábula do ilustre capuchinho vermelho, se não interferirmos com a sua integridade colectiva, o lobo não representará qualquer perigo para as pessoas, no entanto, existam espécies mais agressivas do que outras, o lobo-ibérico é uma subespécie de lobo cinzento, não é efectivamente das mais agressivas. O canis lupus signatus, foi perseguido durante séculos por agricultores, caçadores furtivos e comerciantes de peles, actualmente a sua importância ecológica é reconhecida e está protegido pela forte legislação comunitária. O centro nacional de recuperação e valorização do lobo-ibérico na tapada de Mafra e o parque biológico da serra da Lousã mostram aos mais jovens a importância deste exímio predador quanto à estabilização da cadeia alimentar. Proteger a biodiversidade depende de todos, a sua vontade faz a diferença.
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Parque Nacional do Cabo Pulmo (México)
As reservas piscícolas, no Parque Nacional do Cabo Pulmo, na
costa leste do México (Península de Baja), quintuplicaram nos últimos dez anos. As áreas protegidas
antecipam-se como aliados na protecção da biodiversidade, acabando por desempenhar
um papel extremamente marcante, quer na protecção direta da biodiversidade
quer na repovoação das áreas circundantes. As comunidades fragilizadas
recuperam e ao recuperarem, alguns espécimes, são obrigados a procurar novos territórios,
posteriormente esses exemplares irão povoar áreas actualmente desabitadas. Se efectivamente conseguíssemos
recuperar as populações selvagens, nas áreas protegidas, todos nós acabaríamos
por benfeitorizar, uma vez que a nossa própria sobrevivência, depende diretamente
da protecção da biodiversidade. Com o restabelecimento dos recursos marinhos no parque do Cabo Pulmo, as áreas adjacentes, onde se pratica a pesca de forma moderada, beneficiaram
involuntariamente. A pesca, desde que seja practicada de forma eficiente e sustentável,
não causará impactos negativos na biodiversidade. Nas áreas onde a biodiversidade marinha é mais reduzida, os perigos de extinção acentuam-se. A aquacultura reduz nitidamente o volume de pescado retirado dos mares e
consequentemente protege a biodiversidade marinha, no entanto acarreta alguns
problemas, nomeadamente a poluição das águas. Na realidade devemos encontrar um
meio termo entre a exploração das actividades marinhas diretas e indiretas (pesca/aqualcultura), para garantirmos a salvaguarda
de um património natural generalizado.
Montanhas Dragão (Drakensberg)
O dia nasce iluminado uma paisagem antiga.
A cadeia montanhosa é constituída fundamentalmente por
rochas duras e resistentes como o granito e o basalto.
O granito, forma-se quando a solidificação do magma ocorre
no interior da crusta terrestre, o arrefecimento lento, possibilita o
aparecimento de cristais, por sua vez, o basalto forma-se quando a
solidificação do magma ocorre à superfície terrestre, com o arrefecimento
rápido, os cristais são pouco visíveis. As pinturas rupestres, elementos
culturais deixados pelos nossos antepassados, revelam-nos que a presença do
elande nesta zona é antiga. O elande é o maior antílope de África, apresenta um
dimorfismo sexual acentuado e desloca-se em pequenos grupos, durante a altura
do cio as fêmeas libertam odores característicos que despertam a atenção dos
machos, originado lutas. O período de nascimento das crias coincide com a
estação das chuvas. Nos meses de maior índice de pluviosidade a biomassa
vegetal é maior, esta adaptação garante às crias maior abundância de alimento.
Todos os anos, a espécie cursa as vertentes das montanhas Dragão (deslocações
sazonais) em busca de pastos mais frescos e nutritivos (pastos sub-alpinos). Os
pastos sub-alpinos são constantemente varrida pelos fortes ventos,
acondicionando o desenvolvimento da flora arbórea. Outro habitante da cadeia
montanhosa é o babuíno, o babuíno escala diariamente as escarpas e os socalcos
mais inóspitos. A desparasitação social
é frequente entre os primatas, os animais livram-se dos parasitas e reforçam a
hierarquia do grupo. As formigas fogo também abundam neste sistema montanhoso,
as sociedades das formigas são semelhantes às das abelhas, existe uma rainha
que produz feromonas (substância química que influência e controla o comportamento
das obreiras). As formigas fogo, são agricultoras, criam fungos, alimentam-nos
no interior do seu ninho. As lendas locais evocam-nos futuristas, os abutres
e os grifos são os serviços municipais de limpeza da natureza. Após a absorção
de todos os tecidos moles por parte dos serviços municipais de limpeza da
natureza, começa a manja dos quebra-ossos. Os sucos gástricos extremamente
potentes, que tem no estômago garantem a fragmentação do osso. A espécie
encontrou algumas formas de aproveitar uma matéria practicamente desaproveitada
na natureza, o osso, no seu interior encontra-se o tutano, mais nutritivo que a
carne. O quebra-ossos agarra os ossos com o seu bico extraordinariamente forte e
sobrevoando uma zona rochosa, lança-o a muitos metros do chão. O forte embate,
por norma, quebra-o.
Os gigantes magmáticos erguidos pelas forças misteriosas da
natureza, demarcam-se na paisagem a quilómetros de distância e são os grandes
aliados da fauna da África-Austral, espécies que
encontraram nestas montanhas selvagens, abrigo e alimento.
Vinho
Os helénicos foram os primeiros a difundir a cultura da
vinha em terras de bárbaros. A expansão da vinha acompanhou a expansão do cristianismo.
O alto Douro vinhateiro e a cultura da vinha na ilha do pico (grupo central, Açores),
ambas as áreas classificadas pela Unesco, como património material da
humanidade, sofreram adulterações nítidas, a nível estrutural, no Douro criaram-se
socalcos, nas encostas íngremes e na ilha do Pico, construíram-se muros de
pedra que protegem naturalmente a vinha dos ventos que fustigam a costa Açoriana.
A seguir ao olival a vinha é a cultura mais dispersa pelo país, representa
cerca de 196 mil hectares, dos quais 99% são destinados à produção de uva para
vinho. Com 32% e 21%, Trás-os-Montes e o Ribatejo possuem respectivamente a
maior superfície de vinha de Portugal, embora o Ribatejo, de acordo com as autoridades
regionais, ultrapassa-se a produção de
vinho de Trás-os-Montes. A união europeia, representa cerca de 45% da área total
de vinha e produz cerca de 60% do vinho que consome, Portugal goza de um posicionamento agradável, pois este é provavelmente um dos poucos produtos agrícolas em que Portugal
é efectivamente independente.
Tesouro português
A região do alto Douro vinhateiro detém condições únicas para
a criação de um produto único (vinho do porto). Os padrões climáticos muito peculiares desta
região, verões extremamente quentes (4/5 meses secos) e invernos muito frios, com valores de precipitação
reduzidos (amplitude térmica anual forte), a qualidade do solo e o trabalho árduo
de milhares de homem e mulheres ao longo de três séculos, são os principais
factores de diferenciação dos jardins suspensos do alto Douro. As rivalidades económicas
entre os estados europeus, estimularam o aparecimento de medidas de protecionismo económico.
As medidas empreendidas pelo Conde da Ericeira, em Portugal visavam fomentar a indústria
nacional, equilibrar a balança comercial portuguesa e reduzir fortemente a dependência
de lanifícios ingleses. No entanto devido à pressão dos interesses quer da
nobreza fundiária quer dos comerciantes britânicos, em 1703 foi assinado o
tratado de Metheum, entre Portugal e Inglaterra, no qual o Portugal comprometia-se
a aceitar sem restrições os panos de lã e outros lanifícios ingleses. Em contrapartida,
Inglaterra reduzia as taxas alfandegárias sobre os vinhos nacionais, a partir
de então os vinhos provenientes de Portugal, passaram a gozar de condições vantajosas
quando exportados para aquele país. Com este tratado Portugal prejudicou a sua
nova indústria, mas estimulou grandemente os viticultores que aumentaram e
apuraram a sua produção. O vinho do Alto Douro (vinho do porto), ganhara novos mercados
e apreciadores, em terras de sua majestade. Apercebendo-se das potencialidades deste
produto, Marquês de Pombal, legislou no sentido de fomentar a produção e exportação
do vinho do Alto Douro, entre as medidas tomadas contam-se a criação da região
demarcado do Alto Douro vinhateiro (primeira região vinícola demarcado do
mundo) e a fundação da companhia dos vinhos do Alto Douro. Em 2001 a Unesco reconheceu
este vasto e ímpar tesouro, como património material da humanidade,
uma área que possui nos socalcos a identidade de um povo, que construiu a
beleza natural, cultural, socioeconómica e educacional que são os jardins multicolores
do Douro internacional.
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