Floreta mediterrânica

A floresta mediterrânica esta adaptada á moderada amplitude térmica anual, verões quente e secos (fortemente influenciados pela massa de ar quente vinda do norte de África) e invernos com valores de precipitação, por vezes, irregulares e insuficiente. Caracterizando-se por árvores de folha persistente, com folhas pequenas (reduzem a perda de agua), raízes profundas e ramificas, troncos revestidos por casca espessa (cortiça).Todo este ecossistema suporta uma fauna extraordinariamente rara, lobo ibérico, lince ibérico, sisão, abetarda, garrano (existe nas serra do norte de Portugal, população cerca de 500 indivíduos, vive em estado semi-selvagem), rato-cabreira, salamandra lusitana, grifo (maior comunidade nacional parque natural do tejo), entre muitas outras espécies. Existem algumas actividades como a extração de cortiça ou a pastorícia que contribuem para a exploração harmoniosa e sustentável dos recursos naturais disponíveis. A pastorícia quando exercida de forma eficiente e atenuada, revela-se um potencial aliado das massas florestais, trazendo múltiplos benefícios para o solo e para o arvoredo, os estrumes dos animais fertilizam os solos, neutralizando os processos de erosão, ajudam na dispersão de sementes e entre muitas outras vantagens. A extração de cortiça é uma simbiose entre o homem e a natureza, o homem retira-a do sobreiro sem prejudicar a sua saúde. Matéria-prima que tem ganho visibilidade. Utiliza-se no calçado, no isolamento de edifícios e entre muitas outras aplicações. A preferência por artigos de cortiça é uma mais-valia para a preservação deste tipo de floresta e acabamos por apoiar a economia portuguesa (Portugal é o maior exportador de cortiça do mundo). Infelizmente vastas áreas de floresta mediterrânica foram “moldadas” e transformadas em culturas cerealíferas, centeio, trigo, árvores de fruto ou em plantações intensivas do demoníaco eucalipto, extraordinariamente rentável para os proprietários (rápida regeneração). Mas as floretas artificiais de eucalipto acarretam sérios problemas para o solo, é uma espécie de árvore que carece de grandes quantidades de água e pode mesmo chegar a esgotar as reservas de água no subsolo.Os terrenos agrícolas ficam podre, ressequidos e inférteis para a agricultura. Devido á utilização inconsciente e abusiva dos solos a típica floreta mediterrânica tem dado lugar a uma vegetação secundária ( Garrigue, Maquis).  

Burro selvagem africano

Antepassado do burro doméstico, o burro selvagem africano (equus africanus), divide-se em duas sub-espécies, o burro selvagem da Somália (população cerca de 600 indivíduos)e o burro selvagem de Núbia (população cerca de 100 indivíduos, estado de conservação criticamente ameaçado de extinção , sem qualquer plano de reintegração).
As duas espécies de burro selvagem africano estão perfeitamente adaptadas á vida em zonas inóspita, secas e áridas, com temperaturas que podem rondar os 50º grau Celcius.
Vivendo em regiões com um défice de precipitação e humidade as reservas de água doce disponíveis são escassas ou mesmo inexistentes.
O burro retira alguma da humidade de que necessita das gramíneas, folhas e cascas e quando não chega pode mesmo ingerir água salobra.
Tem um plumagem lisa ,curta e clara.