Originado do continente Asiático, o dingo vive em pequenos
grupos, organizados por uma hierarquia rígida, reproduz-se uma vez por ano, apresenta longos e aguçados caninos, pequenos incisivos e molares com cristas
pontiagudas. Os primeiros dingos atingiram a costa Australiana à milhares de
anos e rapidamente se apropriaram do território, pensa-se terem contribuído directamente para a regressão dos carnívoros marsupiais. O primeiro registo da espécie remonta
ao séc. XVII, em 1699 Willian Dompier estudou a fauna Australiana e referenciou,
como um exímio predador. Nos últimos anos apareceram muito movimentos, contra uma
eventual protecção da espécie, justificando tal formalidade com o facto de ser
uma espécie invasora no continente Australiano e provavelmente ter
contribuindo para a regressão dos carnívoros marsupiais. Estando isolados os
dingos Australianos podiam perfeitamente ter evoluído em divergência com seus
conjugues Asiáticos, pequenas alterações morfológicas, novas técnicas de caça,
uma nova forma de comunicação, qualquer pequeno desvio da raça pura (raça originária
do continente Asiático), poderia claramente tornar-se genuíno. Nenhuma espécie fica
estagnada no tempo, todas as espécies evoluem, num processo complexo e demorado, o dingo pode ter evoluído em conjugação com o meio ambiente, uma vez que a
biodiversidade Australiana é completamente diferente da fauna e flora Asiática, desenvolvendo
uma plena simbiose com o ecossistema, de tal forma, emaranhados que deram a hegemonia
territorial ao ilustre predador Australiano, só suplantada pelo ser humano. No entanto,
se a espécie, realmente evolui não por questões de adaptabilidade ao
ecossistema existente, mas sim pelo cruzamento com cães domésticos, teoria,
ainda não comprovada, vai evidentemente determinar a desvalorização da espécie,
podendo catalogar -se como invasora e consequente não valorizada. O controlo das
populações de herbívoros fica patente no canídeo mais criticado e
menos valorizado do velho continente australiano.