De acordo com alguns cientistas o Phantera augusta, seria o
antepassado directo do actual jaguar (Panthera onca). Aos poucos as suas dimensões
teriam diminuído e as suas patas ter-se-iam reduzido proporcionalmente, num
processo complexo, demorado e meticuloso. O seu ancestral, tal como, muitas
outras espécies de mamíferos atravessaram o estreito de Bering. Durante as
últimas glaciações o estreito de Bering (Pleistoceno), agregou o continente Asiático (Sibéria) ao Americano (Alasca), possibilitando a travessia de espécies para ambos
os continentes. Após a conquista da América do norte total ou parcialmente, dirigiu-se
para sul, onde na actualidade se concentra o grosso populacional. O jaguar é o maior
predador da zona intertropical americana, a sua distribuição abrange cerca de dezanove países da América do sul e encontra-se presentemente ameaçado
de extinção. A espécie apresenta o modelo mais complexo de malhas entre os grandes felídeos,
pele clara com rosetas pretas à volta de pequenas pintas escura e irregulares. A
audição e o olfato extraordinariamente apurados são os principais sentidos a
labutar no jogo da sombra, desenrolado nos vários habitats em que sobrevive. Estabelece
comunicação com os outros elementos da sua espécie, através de sinais auditivos
(miadelas), visuais (arranhadelas nos trocos das árvores) e marcas odoríferas. A
densidade populacional da espécie, depende directamente da densidade das presas, por sua vez, as presas dependem do grau de preservação do coberto vegetal.
Encontrar o equilíbrio natural entre os animais e os habitats, promulga-se como
um dos grandes objectivos a cumprir até ao fim do séc. XXI. A caça ilegal
dizima, todos os anos, milhares de exemplares das oito subespécies de jaguares
existentes, embora seja estritamente protegido por lei, todos os anos morrem
milhares de felídeos, simplesmente para atender a caprichos de seres humanos corruptos.
Quando se mata um jaguar, está-se visivelmente a afundar um navio de preciosidades
naturais. A protecção das espécies deveria servir para desenvolver sustentavelmente
as populações locais, o ecoturismo quando ocorrido de forma eficiente, regulada
e sustentável, poderia ser o grande cúmplice na salvaguarda do felídeo mais ameaçado
da fauna americana.